quinta-feira, 30 de junho de 2011

domingo, 22 de maio de 2011

tenho fé.


No barulho da chuva que cai

da felicidade que me trás

Que o amor sincero é

aquelo que quero e espero

Que amizade não é para sempre...

assim como aquele que mente.

Que uma vida cheia de arte

é possível...

Que humano é aquele sente

e fala com o corpo...

domingo, 17 de abril de 2011

Fico pensando pensamentos SIMPLES...

e então escrevo...
escrevo para acalmar m'alma...
quando escrevo danço...

sinto de maneira não sentida...
tudo em mim é excesso, sobra...
no entanto, nada tenho em mim...

vivo prelúdios...

quando penso me acalmo e me sirvo...
quando falo ganho sentidos cheios de sem-sentidos...
e assim... me AFIRMO!

quando penso ganho corpo...
forma, não fôrma!

meu corpo é palavra que dança,
canta...
sente...
sobra...
nada.

quinta-feira, 31 de março de 2011

nauseada...




A náusea em sentido geral, é uma sensação de enjôo sobre um estado de coisas.
Me sinto quase sempre em náusea. Sou humana, penso com os sentidos e por isso enjôo.
O enjôo não vem de uma comida com gosto ruim ou um cheiro desagradável.
Um filósofo que muito admiro considerado o fundador do existencialismo escreveu seu primeiro
romance literário e filosófico intitulado - "A Náusea". Escrito sob a forma de diário íntimo, o autor constrói seu romance a partir dos sentimentos e da observação de ações a principios banais, mas que é uma tentativa de explicação para este estado de sensação que sentimos muitas vezes.  É sabido que por vezes, nossa existência parece não ter sentido algum, ou seja, a gratuidade e ilogicidade da existência, parece está desprovida de essência. Por vezes, assim como o personagem criado por Sartre, beiramos a loucura, tal é a nudez existencial a que nos dispomos.
Parece discurso de filósofo maluco ou dos espiritualistas perguntar: Por que afinal de contas estamos aqui? Qual o sentido de nossa existência? De onde viemos? Para onde vamos? Por que fazer ingações sobre algo que aparentemente não tem resposta imediata e se tem, fica no plano metafísico e a-histórico dos moralista. A ideia da existência de uma árvore passa a ser gratuita e absurda como qualquer outra existência e o absurdo reside no próprio fato de existir, isto é, torna-se um absurdo à medida que se existe, pois a existência é desprovida de uma lógica que a fundamente. Por isso parecemos condenados ao nada. O nada no sentido de que, se tivemos uma origem nele à ele estamos condenados a medida que existimos e nos conflituamos com todas as náuseas existenciais.
Desta forma, sendo seres históricos não existe nenhuma entidade que justifique ou guie nosso futuro, muito menos nosso presente.
Mas, se não temos um guia ou uma promessa de futuro mutilado por uma instância superior ficamos desorientados. Neste sentido, muitas críticas são suscitdas sobre o filosofar de Satre, Nietzsche ou mesmo Shopenhauer.  O fato é que à existência estamos condenados...

Defesa "bendita"?



As relações entre sujeitos, me faz pensar sobre algumas coisas e umas delas é o discurso!
A comunicação oral  dizem por air  ser o primeiro passo para a defesa de ideias que, ligeiramente
falando, são aquelas na qual é defendido o justo, a verdade, o correto!
Dentro desta pespectivas é defendido àquilo que os sujeitos utilizando da
própria linguagem entende como a busca da verdade.
Sabendo que a ética, a moral são instrumentos de defesa e ataque dos indivíduos, percebe-se que estamos em uma grande arena, onde o leão mais bem trabalhado, domesticado para tal defesa, provavelmente mostrará aos outros que conseguiu sua fassanha: a VERDADE.
O leão é entendido aqui como aquele que chegou no mais alto topo e assim conquistará os demais
com sua força, pelo discurso!
A questão é que fomos treinados desde a Grécia antiga sobre como convecer os demais daquilo
que é dito atráves de uma palavra e outra (temos uma figura célebre: o filósofo Sócrates). Assim, a questão em pauta não é se o que é defendido possui um caráter justo, correto, coerente, mas que seja tão bem articulado e adornado a ponto de retardar a ideia dos demais. Temos como prova de tais defesas o discurso de legisladores ou mesmo em pequenas assebléias de grupo. O problema é bem maior  quando pensamos em termos de linguagem. Sabemos da complexidade das linguas no mundo e os embates entre o naturalismo e o convencionalismo para desdobrar àquilo que as pessoas defendem como "aquilo que é, é" Aquilo que não é, não é". E nisto as pessoas vão se perdendo encontrando no outro tolhido, a estaca para amparar seus discursos vazios, porém cheios de "encantos" já que busca-se o justo e o bem-viver para seus pares.

terça-feira, 29 de março de 2011

Tentando dizer a mim mesma...






Os dias claros...
 tão claro que te sufoca.
Estes dias são frequentes,
contínuos...
quase sempre cansados!
Quem dera meus dias obscuros...
aqueles que tão bem me fazem...
aqueles que a muito não os vejo!

Os sígnos, sempre nos enganando...

sempre apontando um "algo" que não se encaixa
e que portanto, parecem não fazer parte do mundo...
Os dias claros  sempre lógicos...
Os dias em que acordo e com clareza sei


cada passo a dar...


cada coisinha a fazer...


cada conto...

 
cada ponto...
 Quase sempre sou grega...

filha de Heráclito sempre...
não consigo pôr os signos em uma fôrma...

Consigo beber um vinho sem forma...

Ver um filme que não entendo...
Ler o que muitas vezes entendo, mas...


a dúvida?
... companheira de dias obscuros

e temorosos... e por isso intensos....


Consigo beber um corpo...
comer um corpo...
As palavras agora se vão..
não consigo pôr formas agora...








segunda-feira, 28 de março de 2011

A Vagina - "Feminina"


Certa vez, me peguei lendo umas entrevistas que não me são habituais, essas massificadas do mundo PoP.
Fiquei a pensar sobre o que determinada cantora falou: "Prefiro não fazer sexo, pois sinto que atráves dele
arrancam-me a arte, minha criação."

Segundo a cantora, seu modo de criar é tirado de sua vagina. Confesso, fiquei impressionada! Quanto poder tem a vagina desta criatura!!

A sociedade arcáica criou uma nova roupagem do atual, mas muito dos valores ainda arcáicos predominam. Percebi que essa criatura tem um tanto de razão. Expressões como: "A mulher tem o poder embaixo da saia." Ela possui entre as coxas, o ceú e o inferno." E assim, vamos alimentando esses ditados ainda tão alimentados pela sociedade arcáica-atual.

Tem um filme que gosto muito, que trata sobre a pena de morte no estado do Texas. Um professor de filosofia e uma jornalista militantes contra a pena de morte é uma mulher que não pensa como essa cantora PoP afirmando que a força para criação está na vagina, mas em suas ideias, em suas ações. Esta militante no filme em uma conversa casual relembrando os tempos de universidade, conta para seu amigo que poucos homens a teve, nem havia completado ainda os dedos de uma mão. Sua fala foi a seguinte: "As vezes nos esforçamos tanto para não parecermos objeto sexual que deixamos de ser percebidas."

Essa frase dela me pegou com muita força. Na atual sociedade, a vagina da mulher, o sexo, o corpo são extremamente cultuados como objetos, mercadoria mesmo. O ente saiu da condição de sujeito para ser objeto e isto é bastante perigoso.

Os homens ocidentalizados afirmam o tempo todo esta condição subjetiva do ente enquanto que AS IDEIAS deixaram de existir abrindo espaço apenas para o exterior do belo tão banal. Não afirmo aqui, nenhuma concepção do platonismo para o povo, separação de Corpo e Ideia pura, mas de IDEIAS que sejam objetivadas em sujeitos, aqui colocada como o feminino, que consiga GRITAR: "SOU MULHER SIM, COM VAGINA, SEIO, COXAS, BOCA, MÃOS, BRAÇOS e sobretudo, IDEIAS, MAS NÃO IDEIA QUALQUER ...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Musa que criou seu deus...


A Musa, majestosamente desfila, caminha. Seu destino? Caminha para onde seus pés a queira levar. Sua saia dança com seus cabelos de forma harmoniosamente grega. Assim, tão leve, solta como  uma coruja, passeia silenciosamente. Sua cabeça gira juntamente com seus olhos conseguindo abarcar aquele todo do deus que ela encontra. Forte, sublime, temeroso, perigoso, delicioso, grande, poderoso. Quantos adjetivos a Musa cria para este deus. A Musa - Criadora do deus. - Este deus existe de todo modo, por que a Musa assim o criou, do modo como queira, como sua Vontade queira. O deus na verdade-verdadeira é uma representação daquilo que a Musa considera como humano. Ahhh, que delícia esse deus. Mas, se este deus por ventura quiser sobrepor-se a sua harmonia grega, sua vontade tão cheia de Vida, o deus não mais existirar, nem na representação de sua criadora. Pois, esta Musa é uma mulher que sendo humana, foi capaz de criar aquilo que considera como humano também, no sentido da coisa - humana. Medo, calor, sangue, brasa, gozo, suor, tempestade...

sábado, 15 de janeiro de 2011

A Musa que sem querer - encontra seu deus!





Saiu cedo, sem pretensão muita de vê-lo, apenas sair.
Mas ele é tão esplendoroso que é impossível passar
e não ser percebido. ahhhhh me rendi. O contato foi
maravilhoso. Hoje Ele estava bem calmo, sereno...
Tinha acabado de acordar. Com Ele, o divino -  corpo
sofre metamorfoses, são mutações que mesmo sendo feitas repetidas 
são sempre muito experienciadas. 
Ao fim do encontro casual, a explosão de prazer foi intensa...
Os pingos entrava em sua pele, trazendo um prazer só sentido 
com aquele contato, com aquele contato, só...
Assim se despiu, se despediu sem promessas, nem saudades...
Apenas um gosto gostoso na boca, cicatrizes no corpo...
E assim, presos um no outro, até que o próximo encontro casual
aconteça, mais uma, duas, três...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ahhhh sexo e vida? Combina!


O que há de belo na vida...
Transparece no sexo,
Que ultrapassa o limite do corpo
E encontra na alma a expressão máxima do amor...
Representada num simples suspiro de vida.

Teobaldo Neto

Sem medo, vergonha, temor por amar desse jeito...
Corpo, carne, batida pulsante, perigosa e gostosa como
A brisa leve que vem do mar...
Como a descida em uma montanha russa...
Instantes que nos fazem sentir VIDA!

Carla

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ser professor de filosofia em Maceió? Eita, ai lascou!

A muito tenho pensado a educação no município de Maceió. Conversando com alguns amigos, coloco a dificuldade do licenciado, seja em que área de conhecimento for principalmente nas escolas privadas do município, atuar de maneira livre, permitindo ao aluno pensar como tal, pois o pensamento livre ainda é permitido, posto que, o período das trevas - medieval já passou. O pensamento filosófico é uma maneira de pensar que nos permite duvidar de tudo, e o papel da educação, penso eu, seja exatamente aquele que permite e auxilia ao aprendiz busca pelo duvidar para então chegarmos próximo daquilo que consiga acalmar nossa inquietação sobre aquela “bendita”, ah tão bendita e saborosa dúvida.
            As escolas de Maceió, ainda sofrem com o modelo jesuítico que surgiu para nossa “desgraça” a  mais de 500 anos atrás. As escolas e igreja são duas instituições que nada mudaram, ao menos do séc. XIX para cá. A saída para nós professores que sofrem com esse modelo educacional é o da adaptação, submissão, medo, é... medo, pois se não nos adaptarmos as convenções sociais, se não formos civilizados, nosso pão de cada dia sempre dado por nosso “Pai”, pode nos virá as costas se nos rebelarmos a fôrma criada para nós professores, mesmo que o número não caiba.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Homens de... IDEIAS!

Conheci a muito, vários homens que me encantam, me deixam louca de paixão; ou melhor nem tanto os homens mas, suas IDEIAS. Sabe aqueles, que deixam você sem palavras e por lhe deixar assim você dialoga com eles e tudo flui; seu corpo fala, suas ideias falam e tudo que você quer é ficar ali, perto, junto e, mesmo longe, suas ideias impregnam em seus poros. Seu cheiro? Geralmente muito agradável. Todos eles, impregnados de FILOSOFIA, claro... ela sempre. Ela -  pronome feminino. Ela vive por si só amparando estes homens de... IDEIAS!